quarta-feira, 27 de julho de 2011

Yakari


Os Yakari são os filhos rebeldes adoptados da CEDA: chegaram, por portas de garagem e janelas de plástico, a Alfragide no inicio do ano de 2011, fugindo dos ares do Tejo que circulam nos corredores que o Hot Club ocupa no edifício da orquestra metropolitana de Lisboa.

O jazz que trazem (nas percussões) não vem sozinho, vem muito bem acompanhado pelo funk (no baixo) e pela pop e o rock (na guitarras e nas vozes). Esta fina mistura sofreu uma requintada apuração nos ares do mais sujo underground Alfragidiano. E o Tiago Abreu estava lá mais uma vez, no andar de cima, no Estúdio Q, para captar as danças e as canções índias que agora aparecem no EP/totem "Um Tudo Nada Por Acaso", gravado e terminado, mas, para já, sem data de lançamento.

As origens da banda remontam a 2007. Após um interregno ali em 09/10, arranjam um baixista (que, por acaso, faz parte de mais duas bandas do movimento) quando o Ricardo (o vocalista careca) integra os Orphelia, trazendo pelo braço o multi-instrumentista João, ou Gordo, na altura em que a ovelha se deitou para descansar. O primo Sebastião, o baterista cabeludo, com quem o Ricardo toca desde miúdo e com quem sempre compôs, aprovou a ideia, e, mais uma vez, o rock n' roll fez das suas.

Cantam sobre prostitutas, sobre o Carpe Diem, miúdos do indie e o Major Alvega, entre outros temas recorrentes. Podem ser ouvidos aqui: http://www.purevolume.com/Yakari73418 e likados aqui: http://www.facebook.com/pages/Yakari/130675317005074?ref=ts .

A não perder.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Voo de Ligação e Vulva Psicadélica


Dos recantos refundidos nas linhas voipianas do Ésse azul nasce um duo que sempre existiu, mas nunca se assumiu. Pois bem, as portas do armário escancaram-se e da escuridão da divisão há muito não visitada, a cuspir naftalina e a espalhar pó ameaçam emergir duas criaturas à procura de quem as oiça. Aguardem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Orphelia

Os Orphelia são, na sua essência, o eterno combate entre a explícita vontade de nos destacarmos, de contribuir com algo original e refrescante, e a incompetência com que o fazemos, nunca conseguindo fugir às raízes pop chunga, nem ao mau gosto musical de boa parte da banda. Ambicionamos à inovação, procurando não cair num autismo musical. Infelizmente neste filme temos sido os americanos, sempre a correr atrás dos russos. Talvez cheguemos primeiro à lua, quem sabe.

Biograficamente, esta pandilha é o resultado de uma combinação de dramas relacionais, oportunidades laborais e projectos individuais. Muitas namoradas trocadas e zaragatas ideológicas depois, não é sem alguma surpresa que reparamos que muito pouco sobra da formação original, do já longínquo ano 2000 sob o nome Alter-Ego. Continuamos, apesar de tudo, bons amigos (bros before hoes mas com delay). A consequência é uma heterogenia na composição consideravelmente maior. Alguém trás uma ideia, agarramos nos instrumentos, fechamos os olhos e esperamos que as forças sinérgicas do rock n roll nos levem a algum lado. Depois logo se vê se gostamos da paisagem.

Kinda Cloudy


A sede de toda esta cena é, inevitável e literalmente, uma garagem no -2 do centro comercial dos moinhos em Alfragide.

Para entrar nesta sala impõe-se penetrar o denso nevoeiro que separa o porto seguro das desconhecidas terras de além-som. E foi este espírito de explorador, imbuído nas paredes do estúdio, que levou à convergência de todas estas bandas nesta descontinuidade espaço tempo, onde o ruído penetrante dos feedbacks e cristalino dos pratos se funde numa amálgama de... qualquer coisa.

Jack & Dante

Os Jack & Dante urgem um pouco por toda a linha de Sintra. Há-los em Tercena e na Amadora e em Massamá, de onde saltaram umas saídas da segunda circular até Alfragide. Aqui, no estúdio Q, gravaram o seu primeiro EP em Dezembro de 2010. Vieram de Por Debaixo da Casa Animada (o itálico está lá para assinalar o nome do EP, a sair em Fevereiro de 2011), de onde foram expulsos pelo destino, que os levou pela mão até ao Kinda Cloudy, para formar a espuma da CEDA.

Trouxeram um EP pronto a sair debaixo do braço (gravado apenas 1 andar acima de onde agora se fixam) para se fazerem de convidados, tocaram com as bandas que lá estavam e já estão de mudanças. Estão tão felizes com esta mudança de ares, de uma cave para uma garagem, que até se atrevem a escrever na terceira pessoa. À indie. À Indio.

Jack & Dante lançam este 2011 o primeiro EP da banda, "Por debaixo da Casa Animada", do qual já é possível sacar o primeiro single, Miúdas de Massamá.

Que cena? Aquela CEDA...


Saudações mundo sequioso de música!

É com indisfarçável júbilo que damos corpo digital a uma nova cena que efervesce no topo da ilustre freguesia Alfragide.

Ora, foi mesmo em Alfragide, nas catacumbas de um pequeno centro comercial, que quatro funções probabílisticas de premissa aleatória convergiram em assímptota para uma recta nascida no rock e com limite indefinido. Esta recta não é mais do que uma amálgama de vontades em movimento, cuja fusão produz uma efervescência incontrolável de produto final incerto.

Por de trás dessa bruma snoop doggiana que envolve o estúdio Kinda Cloudy, encontramos estas quatro funções. São elas:

Orphelia
Jack & Dante
Morte em Veneza
Massa

Aguardem, e vejam o que daqui irá sair.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Powered by Blogger | Printable Coupons